quinta-feira, 30 de abril de 2020

Move Along - Capítulo sessenta e oito.

Oi gente! Acho que vocês já notaram que eu apareci do nada e voltei a postar sem falar nada, tipo mestre dos magos. Isso é só pra provar pra vocês que eu voltei real oficial agora e vou continuar Move Along E estou escrevendo uma nova história, quem me segue no Instagram já esta sabendo.
Mas eu preciso do feedback de vocês sobre esses capítulos. Então se vocês estão mesmo lendo M.A e querem que eu continue, por favor, comentem! Caso contrario, vou parar de escrever M.A e me dedicar a novos projetos. É isso, obrigada, amo vocês <3
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~Chris on~
            Passei a manhã inteira no estúdio resolvendo algumas coisas do novo álbum em que estamos trabalhando, mas como ainda é janeiro decidimos não ficar o dia inteiro trabalhando nisso. Estava no meu carro dirigindo de volta pra casa, com o celular descarregado no banco ao meu lado, ouvindo uma rádio qualquer no som.
            Têm sido dias difíceis desde que voltamos do Hawaii, com a notícia do suposto envolvimento amoroso da (Seu nome) com o Andrew. Ela mal saia de casa com medo de ser reconhecida e, como eu também acabei sendo envolvido na história, não tenho mais frequentado tanto a casa dos meninos como de costume, mas aparentemente todos estão meio reclusos desde o incidente e deixaram de entrar tanto nas redes sociais, até mesmo a Juliet.
            Fiquei durante dias me lembrando da noite na fogueira, em como o Andy e a (Seu apelido) se olhavam durante a música e em como meu coração apertou naquele momento. Eu não queria sentir ciúmes, nem sequer tinha o direito de sentir aquilo, mas parecia inevitável.
            Durante o percurso para casa, parei em um semáforo fechado e fiquei observando as gotas da chuva, que estava se intensificando, escorrendo pelo para-brisa. A movimentação nas ruas era bem pequena, apesar da proximidade com o centro da cidade, e pude notar uma garota descalça e usando uma regata sentada no meio fio, com a cabeça baixa.
            - (S.A)? – Eu pensei alto. Apesar de não ser capaz de ver seu rosto e de seu novo cabelo cor-de-rosa, eu seria capaz de reconhecer aquela tatuagem no peito do pé a quilômetros de distância, até porque eu tenho uma idêntica.
            Assim que o semáforo abriu, eu parei o carro próximo a onde ela estava sentada, ligando o pisca alerta. Abri a janela e pude vê-la levantando o olhar, assustada, parecia ter chorado recentemente.
            - Quer uma carona? – Eu disse, apoiando a mão direita no banco do carona para aproximar-me da janela. Ela sorriu.
            - Mas estou encharcada – ela disse, levantando-se e colocando as mãos na janela aberta.
            - Isso a gente resolve depois – eu destranquei o carro, sorrindo – vamos, entre!
            Ela abriu a porta e sentou-se rapidamente no banco do carona, ela usava uma calça de flanela azul e regata preta e estava completamente molhada, em suas mãos ainda era possível notar os resquícios da tinta cor-de-rosa.
            - Quer que eu te leve pra casa? – Eu perguntei, voltando a dirigir.
            - Ér... – eu a olhei de lado e vi que fazia uma careta – na verdade não.
            - Tudo bem, para minha casa então!
[...]
            Thanks God nós não estávamos longe da minha casa, porque ela parecia com frio e cansada. Durante o trajeto não conversamos muito, ela ficou encarando a janela e parecia chateada, deixei que ela tivesse paz. Assim que chegamos eu a entreguei uma toalha e algumas roupas secas para que ela tomasse um banho no quarto de hospedes.
            Coloquei meu celular para carregar na sala e fui para o banheiro do meu quarto tomar banho também. Assim que terminei fui para a sala e sentei-me no sofá, ligando a televisão e zapeando pelos canais enquanto ela não descia.
            Algum tempo depois ela apareceu nas escadas, e parecia ainda mais incrível com os cabelos molhados e penteados sob os ombros, usava uma de minhas calças moletom preta e uma camiseta cinza de mangas compridas. As roupas monocromáticas realçavam a cor dos seus cabelos e a sua pele naturalmente bronzeada.
            Ela desceu as escadas lentamente, segurando as mangas da camiseta com as mãos, parecia envergonhada, e quando se aproximou pude notar que seus olhos ainda estavam vermelhos como quem acabará de chorar. Eu sorri pra ela e indiquei para que se sentasse ao meu lado no sofá, ela o fez.
            - Obrigada – ela disse, me olhando ainda sem graça.
            - Era o mínimo. – Ela sorriu de canto – Quer me contar o que houve?
            Eu pude notar seus olhos voltando a lacrimejar e por alguns segundos eu me arrependi de ter feito essa pergunta, quando ela começou:
            - Eu tentei ser forte – a primeira lagrima escorreu –, tentei não chorar...
            - Só porque você chora, não quer dizer que não é forte – eu disse quando ela fez uma pausa –, só quer dizer que você tem sentimentos. E admiti-los é o maior ato de coragem que alguém pode ter – ela me olhou, as lagrimas descendo pelas maçãs de seu rosto.
            - Eu só queria ser amada – ela disse, deitando-se em meu colo e meu coração se partiu ao ouvir essas palavras.
            - Você é amada, (S.a) – eu passei meu braço pelos seus ombros e apertei-a contra o meu peito. “Você não faz ideia do quanto é amada”, pensei.
            Ficamos assim por algum tempo, até que suas lagrimas cessassem, ela deitada no meu colo enquanto eu acariciava seus cabelos cor de algodão doce, em silencio, e eu conseguia sentir sua respiração contra o meu corpo.
            Ela levou uma das mãos ao rosto para limpar as lagrimas que já secavam em suas bochechas, deixando a manga da camiseta escorregar pelo seu braço e foi quando eu vi. Eram irregulares e esbranquiçadas, algumas ainda levemente avermelhadas aparentando serem mais recentes, mas nenhuma delas ainda aberta, as mais grossas tinhas marcas de pontos ao redor.
            Meu coração ficou apertado ao ver seus pulsos tão finos e cheio de cicatrizes, eu sabia exatamente o que aquilo significava, e queria protege-la de tudo o que a fazia mal. Eu a apertei ainda mais contra o meu peito e ela rapidamente puxou a manga da camisa, provavelmente torcendo para que eu não tivesse visto.
            - Quer assistir a um filme? – Perguntei descontraído.
            - Claro – ela sentou-se ereta no sofá, sorrindo – qual?
            - Your choice, little girl.
[...]
            Nós comemos uma pizza enquanto assistíamos ao filme de comédia escolhido por ela, e foi a primeira vez que assisti um filme brasileiro. Ela caiu no sono durante o segundo filme, dessa vez escolhido por mim, aconchegada nos meus braços, coberta por uma manta, era tão serena dormindo e eu me peguei sorrindo involuntariamente ao vê-la dormindo.
            Nos distraímos tanto durante a tarde que eu sequer notei as horas passarem, estiquei o meu braço para alcançar o meu celular sem acordar a (S.a) e já passavam das seis da tarde. Havia também centenas de mensagens no grupo “fire in the little park”, grupo dos meninos, “mas que merda?” me perguntei abrindo o grupo.
Joe: “A (SEU NOME) SUMIU!”
            Eu li aquela mensagem soltando um sorriso de lado e olhei por alguns segundos a (S.a) dormindo calmamente em meus braços. Continuei rolando a conversa para baixo, e as últimas mensagens haviam chegado a poucos minutos:
            Oliver: Ok, o ultimo lugar que procuramos foi a minha casa e não fazemos mais nenhuma ideia de onde procurar.
            Ash: Jinxx e eu fomos ao estúdio também e nada dela.
            Alex: Nada na biblioteca municipal também, nem no tatuador...
            Ronnie: Já fomos na casa do CC, na do Mitch, na minha, na padaria perto de casa e também nada...
            Oliver: Não podemos parar de procurar, pelo amor de Deus.
            Aparentemente os meninos ficaram a tarde inteira rodando a cidade procurando pela garota que dormia suavemente no meu sofá.

~ Andy on~
            Acabamos de sair da casa do Oliver e já não fazíamos ideia de onde procurar pela (Seu nome). Ela mal conhecia a cidade direito, não é possível que tenha ido tão longe.
            Oliver estava cada vez mais desesperado, assim como todos os demais, e se recusava a deixar de procurar, mesmo sem ter ideia nenhuma de onde ir em seguida, mas sabia que tinha que continuar procurando. Estávamos parados em um semáforo, ele enviava algumas mensagens no grupo quando nossos celulares vibraram no mesmo instante.
            Chris Drew: “Gente, não se preocupem! Ela está comigo!”
            Assim que li aquela mensagem meu sangue ferveu e eu senti ódio do Chris, apesar do alívio de saber que a (Seu nome) estava bem, MAS PUTA QUE PARIU, por que diabos ele não falou nada antes? E, além do mais, o que ele estava fazendo sozinho com ela a tarde inteira? Minha cabeça doeu e eu senti vontade de ir até a casa dele no mesmo instante tira-la de lá.
            - Filho da puta – Oliver gritou, provavelmente tão aborrecido quanto eu por ele não ter dito nada antes.

Continua...

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