sexta-feira, 24 de abril de 2020

Move Along - Capítulo sessenta e cinco.

~Andy on~
            Estou parado no meio de um quarto preto, escuro, estou também com um violão em mãos, o coloquei para trás e comecei a andar. O que estou fazendo aqui? E o que eu imaginava ser apenas um quarto se mostrou maior, bem maior. Continuei andando, até que em uma parte do caminho eu fiquei com uma vontade incontrolável de tocar algo, algo que eu não fazia a mínima ideia do que era, então eu ajeitei o violão e comecei a tocar, só tocar, sem nem ao menos saber que musica era aquela. Passei por alguém, e apesar da enorme vontade de sabem quem era, passei reto.
Andei em direção uma luz branca, ainda tocando, até que eu ficasse parado exatamente embaixo dela. Meus dedos continuavam movendo-se nas cordas do violão, inconscientemente tocando uma melodia que eu não conhecia, até que ouço uma voz:
- Ei, você – ela dizia, eu podia escutar seus passos se aproximando – Quem é você?
Eu queria virar e vê-la, queria dizer quem eu sou, porém também queria ouvir mais da sua voz. Da sua doce voz.
- Por que não me responde? Quem é você? – ela já estava bem próxima – Onde estou?
“Onde estou?” Eu também pensava isso, “onde estou” é tudo que eu quero saber. Queria poder respondê-la, queria vê-la, ver se seu rosto era tão belo quanto sua voz. Então comecei a virar-me, lentamente e com receio, porém a veria de um jeito ou de outro. Será?
            ~ sonho off ~

            Eu acordei em um susto, mais uma vez. Esse sonho tem sido cada vez mais recorrente, tão recorrente que já me acostumei com ele. Levantei-me da cama, como todas as outras noites em que tinha esse sonho, e voltei a anotar as notas que tocava no sonho, decidi trabalhar em uma música com essa melodia, afinal, pode ser um sinal.
            Já faz alguns dias que a Juliet e eu brigamos por conta das notícias que saíram nos jornais no mundo inteiro, ela não tem conversado muito comigo, pois acredita que eu “a expus ao ridículo” e perguntou se eu sentia mesmo algo pela (Seu apelido). Eu neguei.
            Eu realmente não sinto nada por ela. Sinto?
            Igualmente, faz alguns dias que não a vejo saindo de casa, nem mesmo os meninos têm saído muito de casa. Como será que ela está lidando com tudo isso? Será que esta brava ou chateada comigo? Afinal, o famoso sou eu, ela não deveria mesmo ter que lidar com paparazzi. Pelo menos ninguém sabe seu nome, ainda.
            Desci as escadas e encontrei a Grace preparando café. Grace vem uma vez por semana limpar minha casa desde que minha mãe se mudou.
            - Bom dia, Sr. Biersack – ela diz sorrindo –, acordou cedo.
            - Bom dia, Grace – eu pego a xicara de café que ela gentilmente me entrega – estou tendo uns sonhos estranhos e não consigo dormir muito – eu a encaro – e já disse para me chamar de Andy, por favor – tomo um gole do café.
            - Já contou esses sonhos para o seu terapeuta?
            - Ainda não... – eu encaro o chão.
            - Pois deveria, se está tirando seu sono deve procurar ajuda.
[...]
            Já estou a algum tempo trabalhando em algumas músicas no meu quarto enquanto Grace termina de limpar o andar de baixo. O tempo lá fora ainda é frio, como de costume no mês de janeiro, posso ver a garoa fina que cai pela porta da sacada.
            Eu tenho evitado as redes sociais por conta das notícias que envolvem a (Seu nome) e eu, muitos comentários maldosos são publicados todos os dias e estamos todos esperando essa poeira baixar e outro famoso fazer um escândalo, mas parece que tem um assunto rendendo no grupo da banda.
            Deixo o violão em cima da cama e desbloqueio o meu celular para ver o grupo da banda e outros grupos com outros amigos cheios de mensagens, como no grupo da banda devem estar falando de trabalho eu abro primeiro o grupo nomeado “Fire in the little park” – ideia do Alex, obviamente – e leio apenas algumas mensagens.
Oliver: “Não se esqueçam de NÃO POSTAR SOBRE ELA, se quiserem só mandem mensagens, ela ainda está bem abalada com o lance das noticiais”
Jinxx: “Isso quer dizer sem festa?”
Joe: “Aparentemente, sem festa.”
Ash: “Ah, minha pequena não vai ficar sem nenhuma comemoração no dia do aniversario dela não”
Ronnie: “Isso mesmo! Vamos fazer algo na casa de vocês mesmo, só a gente poxa. O que vocês acham, Joe e Alex?”
            PUTA MERDA! Eu tinha esquecido completamente do aniversario da (Seu apelido) hoje, logo ela, que fez até um bolo no meu... Bom, mas eu posso remediar as coisas mais tarde, o dia ainda não acabou.
            Fui rolando a conversa pra baixo, apenas passando o olho pelas mensagens e aparentemente os meninos concordaram em fazer uma noite de jogos na casa deles para comemorar. Terminei de ler as mensagens daquele grupo e finalmente entrei no grupo da banda, e no mesmo instante chega uma mensagem do Joe no grupo “Fire in the little park”:
Joe: “A (SEU NOME) SUMIU!”
            Meu coração disparou quase que instantaneamente. Que porra está acontecendo?

Continua...

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