Bom unicornias (ou Zunicornias) aqui esta o "mini" imagine que eu tinha prometido. PS- Comentários responderei no próximo capitulo de Move along.
A meia irmã do Ash vira passar
as férias de sua faculdade aqui, com o irmão mais velho. Por que “meia irmã”?
Bem, esta é uma historia estranha...
A mãe do Ash teve de fazer uma
viagem a trabalho, no qual precisava passar um ano no Brasil, e lá conheceu um
homem chamado Arthur e acabou tendo um caso com o mesmo. Tempos depois ela
descobriu que estava grávida, e assim que a pequena garotinha nasceu ela passou
a guarda total da criança para Arthur, não poderia aparecer com uma bebê quando
já tinha um filho de 10 anos em casa.
Dois anos depois de voltar
para casa seu marido descobriu a traição e pediu divorcio. Desde então a
garotinha sempre visitava sua mãe e seu irmão mais velho em suas férias, isto
até a mãe deles morrer e a menina nunca mais visitara o irmão. Até hoje.
A irmã do Ash mantinha contato
com ele, mesmo depois de todo esse tempo, e pediu para passar as férias com ele
que, obviamente, aceitou. Mas ela decidiu vir em um dos três dias de folga da
banda e o Ash já havia planejado sua folga e comprado passagem para Sabe-se
Deus Lá Onde. E o que eu tenho a ver com essa historia toda? Bom, para salvar
sua folga Ash apostou com todos da banda, e quem perdesse teria que cuidar da
irmã dele nos três únicos dias de folga, e adivinhem quem perdeu... Isso mesmo,
eu!
Estou em um belo transito no
caminho para o aeroporto batucando as mãos no volante enquanto escuto, e canto,
Simple Plan. São 11h50min da manha e o voo da pequena Abrocket chega 13h20min
da tarde, espero que esse transito de merda não me atrapalhe. Para ser sincero
não faço a mínima ideia de como essa menina seja, mas sei que o Ashley a ama
muito.
Parece estranho dizer que ele
a ama logo depois de me obrigar a ficar com ela, mas esse é o jeito dele, mas
sabemos que ele a ama pelo jeito que fala dela e com ela. Ashley
Abrocket Purdy nunca foi de falar da família, mas fala de sua irmã como se ela
fosse a coisa mais preciosa da vida dele. Como se ele desse o mundo para
protegê-la.
[...]
13h20min PM
O tempo esta nublado lá fora,
consigo ver pelas paredes de vidro enquanto caminho para a área de desembarque
após dar alguns milhares de autógrafos. Paro na área de desembarque junto de
varias outras pessoas com placas e levanto a minha, cujo nome “(Seu nome)
Abrocket Dekker” esta escrito, nome nada comum, alias. Eu não sabia o que
esperar da aparência dela, talvez uma versão menor e mais feminina do Ashley?
Bem, eu não faço a mínima ideia.
Quando as pessoas começaram a
aparecer eu fiquei apenas parado, observando a quantidade e a diversidade de
pessoas que estavam naquele avião, e esperando uma mini versão do Ashley
aparecer. Assim que milhares de pessoas já saíram e a área de desembarque esta
deserta, somente comigo parado eu começo a pensar que a pequena Abrocket tinha
desistido da viagem, até que vejo uma pequena menina descendo as escadas
rolantes com uma grande mala estampada com vários Micheys, será ela a (Seu
nome)? Não pode ser, ela não é nada parecida com o que eu imaginava ser a irmã
do Ash. Ela é pequena e branquinha, seus cabelo castanho claro esta preso em um
coque mal feito e seus grandes olhos verdes estavam reconhecendo o lugar, até
pararem em mim.
– Andy? – disse ela assim que se aproximou – Oi – ela
sorriu.
– Você é a (Seu apelido)? – disse surpreso, pois a
(seu nome) não se parecia nem um pouco com o Ash.
– É o que diz na minha certidão de nascimento – riu.
Sua
voz é tão doce quanto mel, e sua risada pode ser comparada ao canto de
pássaros. Eu ri sem graça por ter feito papel de otario.
– Bom, eu vou passar os primeiros três dias das suas
férias com você – eu peguei sua mala e caminhamos até o estacionamento.
– Eu sei, o Ash me avisou. Ele queria saber se eu não
ficaria triste.
– E você ficou triste? – olhei para ela, e quando ela
percebeu me olhou de volta.
– Claro que não! – sorriu.
Chegamos
ao meu carro e eu guardei a mala dela no porta-malas, entrei no carro e ela
sentou-se ao meu lado, no banco do passageiro. Liguei o carro e também o radio
e estava tocando uma musica até então desconhecida por mim, eu estava prestes a
trocar a radio quando...
– I could've shown you, America, all the bright lights in
the universe – ela cantava entanto sorria, e meu Deus, que voz.
– Você conhece a banda? – sorri de canto e comecei a
dirigir.
– Sim, eu amo essa banda, mas se quiser trocar a radio eu
não me importo.
– Não, não. Deixa nessa mesmo, – aumentei o volume do
radio – eu gostei da musica.
Ela sorriu e continuou cantando. Eu não queria
mudar a radio, apenas para continuar ouvindo-a cantar, aquela voz fazia-me
sentir como se estivesse nas nuvens, como se anjos estivessem cantando para
mim.
Assim
que a musica terminou e outra musica aleatória começou a tocar eu abaixei o
volume.
– Então, – tentei puxar assunto – como foi a viagem?
– Entediante – ela desviou a atenção para a janela aberta
– tinha um cara roncando do meu lado – eu ri – e eu não consegui dormir por
causa da velha ao meu lado que não calava a boca. – ela bufou.
– Coitada da velha – ri novamente – ela só queria fazer
amizade.
– É, ela poderia estar querendo fazer amizade – ela olhou
pra mim – se não estivesse reclamando!
Eu
estava rindo e ela me encarando com uma cara de “Não tem graça”, quando somos
interrompidos por um trovão e gotas começam a cair rapidamente no céu. Eu fecho
ambos os vidros e a (Seu apelido) sorri colocando as mãos no vidro fechado.
– CHUVA! – ela olhou para mim sorrindo e eu consegui ver
seus olhos brilhando.
– Você gosta mesmo de chuva? – eu ri e ela assentiu.
Depois
disso seguimos a viagem de volta para a casa do Ashley em silencio, com o som
baixo do radio tocando musicas variada.
– Você não é de falar muito, né?! – olhei para ela quando
parei em um sinal vermelho.
– Quanto mais bobagens eu falo, mais palavras se perdem.
– Ela encarava as gotas escorrendo no para-brisa do carro.
– Que profundo – voltei a atenção para a rua assim que o
sinal abriu. A (Seu nome) riu e eu a encarei confuso.
– Quando me conhecer melhor vai reclamar que eu não paro
de falar. – A olhei pelo canto do olho e ela sorria olhando para mim.
[...]
Estacionei
em frente à casa do Ash e a (Seu apelido) encarou a mesma pela janela.
– Bem vinda a sua casa de férias – disse sorridente, mas
ela continuava encarando a casa.
Senti
um frio percorrer minha espinha, mesmo que com todas as janelas do carro
fechadas. (Seu nome) olhava aquela casa sem nenhuma emoção aparente, mas eu
estava disposto a deixa-la pensar pelo tempo que fosse preciso.
Ficamos
quietos dentro do carro por cerca de 20 minutos e ela continuava sem aparentar
nenhuma emoção, eu realmente gostaria de saber no que ela estava pensando. A
chuva lá fora estava diminuindo, me parece ter sido uma ótima ideia esperar
aqui dentro.
– Andy? – ela interrompeu meus pensamentos e eu a olhei –
Podemos entrar agora?
Eu
fiz que sim com a cabeça e saímos do carro, a chuva agora é só uma garoa fina,
abri o porta-malas e tirei a mala do Mickey de lá, (Seu nome) estava sorrindo
pra mim, o que me fez rir de lado. Entramos na casa e subimos para o corredor
de quartos, eu levava a mala da (Seu apelido).
– Você vai passar as noites aqui? – Disse ela enquanto
procurava algo em sua bolsa.
– Vou sim, no quarto de hospedes – paramos em frente a
uma porta – eu prometi ao Ash que tomaria conta de você 24 horas por dia! – Ela
riu.
– Esse Ashley é uma piada – ela tirou uma chave da bolsa
e destrancou a porta.
Em
todos os meus anos de amizade com o Ashley e as noites em que eu passei aqui
aquela porta sempre esteve trancada e ninguém sabia o que havia naquele quarto,
ele ficava ao lado do quarto do Ash. Eu e os outros meninos da banda já
havíamos apostado em quarto masoquista, quarto de bonecas, quarto de torturas e
outras coisas mais bizarras, porém nunca descobrimos do que se tratava, o Ash
nunca falara daquele quarto. Mas eu estava ali, prestes a desvendar o mistério
do quarto secreto.
Ela abriu a porta e entrou no
cômodo, eu entrei logo em seguida. É um quarto. O quarto mais ajeitado e
feminino da casa toda. Carpete cor de rosa no chão de madeira, um pequeno
lustre rosado, livros nas estantes ao lado da janela cuja cortina esta fechada,
flores de plástico em vasos verdes e colcha florida são alguns dos componentes
daquele quarto.
– Então o quarto secreto é o seu quarto – disse sem
perceber enquanto a (Seu apelido) abria as cortinas.
– Sim – ela riu – Ash queria que eu tivesse um quarto na
casa dele, assim como eu tinha na antiga casa da mamãe.
– Por isso ele deixava as cortinas fechadas...
– Sim – ela riu enquanto pegava sua mala.
– Vou deixar você arrumar suas coisas em paz enquanto
preparo um lanche. – ela assentiu e eu sai do quarto.
[...]
16h20min PM
Eu e a (Seu nome) já estamos
mais amigos, descobri que temos algumas coisas em comum, como o amor pelo
Batman. Ela é bem engraçada e inteligente, alem de linda.
Nesse
momento estamos em seu quarto jogando algum jogo de luta no vídeo-game, e ela
esta vencendo.
– Você não joga nada, hein cara – ela disse e riu.
– Você esta roubando, não vale – eu disse com uma falsa
expressão de raiva.
O
jogo acabou assim que ela deu o golpe fatal, fazendo o pouco de vida que ainda
me restava sumir. Ela pulou da cama e levantou os braços olhando pra mim.
– HÁ, eu ganhei – ela debochava – fracote!
– Ah é? – Levantei uma sobrancelha – vamos ver quem é o
fracote aqui.
Eu a
puxei de volta para a cama e ela caiu deitada e eu comecei a fazer cócegas
nela, que ria escandalosamente. Sua gargalhada é tão gostosa de ouvir. A (Seu
apelido) esta se debatendo como uma minhoca na cama e implorando para que eu
pare as cócegas entre risos.
– Quem é o fracote agora? – Eu gritei.
– Para Andy, por favor – ela chorava de tanto rir.
Nessa
altura do campeonato já estávamos os dois deitados e vermelhos de tanto rir, eu
ainda fazendo cócegas nela. Subi em cima dela e fui deixando lentamente de
fazer cócegas até parar de vez e olha-la serio, seus olhos verdes me encaravam
e eu aproximei meu rosto lentamente ao dela, minhas mãos estavam em sua cintura
e eu sentia sua respiração rápida e quente contra o meu rosto. Ela é tão linda!
Depois
de um tempo encarando aquela imensidão verde e sentindo sua respiração contra
mim eu levantei da cama, meio sem jeito.
– Por que não toma banho para pedirmos uma pizza e
assistirmos um filme? – Disse coçando a cabeça, tentando amenizar o clima.
– Ótima ideia! – ela levantou e eu sai do quarto.
Por
que eu fiz isso? Bem, a resposta não é porque sou gay, porque EU NÃO SOU! Eu
queria beija-la, talvez eu ainda queira, mas não sei se ela sente o mesmo,
afinal acabamos de nos conhecer. Outro motivo é o Ashley. Ele é tão ciumento
quando se trata da irmã, como ele ficaria se soubesse que eu fiquei com sua
irmãzinha? Uma fera, talvez.
Fui
para o meu quarto – vulgo quarto de hospedes – no fim do corredor a fim de
tomar um banho e tirar essa cena embaraçosa da minha cabeça. Minhas coisas já
estavam aqui, pois as trouxe hoje cedo, peguei uma toalha e uma cueca e andei
em direção ao banheiro. A chuva lá fora esta forte novamente e consigo ouvi-la
claramente junto de trovões, imagino o quanto a (Seu nome) esta amando isso.
Sai
do banho com apenas a calça do pijama enquanto seco minha cabeça com a toalha,
vou deixar meu cabelo molhado mesmo, ninguém vai me ver assim. Joguei a toalha
no gancho do banheiro e fui pegar uma camiseta no armário, quando passei pela
cama vi meu celular, que estava em cima da mesma, acender com uma nova
mensagem.
“Boa noite amor,
espero que não esteja fazendo nada de errado sem mim ai. Beijos, da sua Juliet”.
Bom,
sobre minha namorada. Onde Juliet esta? Ela teve de viajar a trabalho e eu não
contei a ela sobre a Irma do Ash e a aposta por motivos óbvios. Eu peguei o
celular para responde-la quando ouvi a voz daquele anjo me chamando.
– ANDY! – (Seu nome) me gritava da sala.
Eu
joguei o celular em cima da cama e peguei uma camiseta qualquer e coloquei-a
indo em direção a sala. Parei no começo da escada quando vi a (Seu apelido) La
em baixo, na sala, de pijama e eu sorri.
– Er, desculpe – ela começou a corar – este é o único
pijama que eu trouxe.
Ela
estava exageradamente fofa corada e com aquele pijama curto, eu ri e terminei
de descer a escada.
– Bom, que filme você quer ver? – Ela me perguntou
enquanto se jogava no sofá.
– Eu não sei – disse e ela me olhou – por que você não
escolhe um filme enquanto eu peço uma pizza?
– Tudo bem – ela sorriu.
[...]
Estamos
sentados em um colchão no chão com milhares de travesseiros e cobertores na
sala, assistindo “A culpa é das estrelas” e comendo pizza.
– Eu ainda não consigo acreditar que você escolheu esse
filme bosta para assistirmos – eu disse ainda com a boca cheia de pizza.
– Poxa, muitas pessoas disseram que era um bom filme e eu
fiquei curiosa – ela mordeu um pedaço gigante de pizza e continuou falando – ELES
MENTIRAM!
Ela
fez uma careta quando disse isso e eu cuspi refrigerante para todos os lados,
ela olhou pra mim com cara de “wtf” e eu ri mais um pouco quando vi que ela
estava toda suja de molho.
– Você – disse parando de rir – esta toda suja de molho!
– ela começou a procurar por guardanapos, e eu estava com um em minhas mãos . –
Eu limpo” – Segurei seu rosto com a mão vazia.
Seu
rosto estava quente, mas minhas mãos estavam frias, o que fez ela se arrepiar e
corar assim que a toquei. O contraste do tom verde de seus olhos com sua pele
agora ligeiramente avermelhada é magnífico. Aproximei o guardanapo de seus
lábios rosados e ela continuava estática, com o olhar envergonhado fixo em mim.
Estávamos cada vez mais próximos um do outro, como se algo dentro de nos
precisasse que fiquemos cada vez mais perto, senti a respiração quente dela
novamente e ela corava cada vez mais conforme nos aproximávamos.
Eu
tenho que ter esses lábios. Mas eu tenho uma namorada. Eu não amo a Juliet, não
sinto nada por ela e a única coisa que ela sente por mim é interesse, estes
lábios chamam meu nome. E se a (Seu nome) não quiser este beijo? Esta na cara
que ela quer isso tanto quanto eu. Mas o Ashley ficaria irritado se eu fizesse
isso... FODA-SE o Ashley, depois eu me entendo com ele, eu preciso de um beijo,
preciso DESTA boca.
Coloquei
a minha outra mão também em seu rosto, fazendo-a arrepiar-se novamente,
aproximei nossos rostos até ficarem a um dedo de distancia. Conseguia sentir o
coração dela batendo mais rápido e mais forte. O telefone da casa tocou.
Eu e
a (Seu nome) paralisamos por alguns segundos, até o telefone tocar pela segunda
vez, ela me olhou envergonhada e eu levantei para atendê-lo.
- Alo? – eu disse assim que atendi ao telefone.
- Fala viado... – a voz do Ash soou do outro lado da
linha.
- Ah – olhei para a (Seu apelido), que me olhava curiosa
– oi Ash.
- Que voz desanimada é essa, Andy?
- Nada – cocei a cabeça e deixei de encarar a (Seu nome)
– só estou com sono porque a sua irmã me obrigou a assistir “a culpa é das
estrelas” – consegui ouvir a (Seu apelido) rindo.
- Ah sim – ele riu – só liguei pra saber se esta tudo bem
por ai.
- Esta tudo bem sim – olhei a (Seu apelido), que agora
estava comendo desajeitada um pedaço de pizza maior que sua cabeça, sorri bobo
instantaneamente.
- Que bom – suspirou aliviado – agora posso cair na
gandaia despreocupado – nós rimos – vou indo Andy, boa noite.
- Tchau Ashley, boa noitada.
- Cuida bem da (seu apelido) pra mim.
- Pode deixar – para o resto da vida, sorri.
Desliguei
o telefone e sentei ao lado da (seu apelido), encarando a TV. Razel esta
beijando o Augustus agora. Como eu queria fazer isto com a garota ao meu lado,
mas me parece que o destino não nos quer juntos.
– O que ele queria? – (Seu nome) me perguntou logo após
toma um gole de refrigerante.
– Só queria saber se estamos bem – Eu continuo encarando
a TV.
– Você esta bem Andy? – Ela entrou na minha frente e me
encarou preocupada.
– Estou sim! – Olhei para baixo, desviando-me do seu
olhar.
– Tem certeza? – Eu assenti – OK – ela disse no mesmo
momento em que Razel dizia “ok” e meu coração bateu mais forte.
[...]
Acordei
meio desorientado até meus olhos focarem a sala do Ash, estou deitado naquele
amontoado de cobertores e travesseiros no coxão e a pequena Abrocket esta em
meus braços, com a cabeça em meu peito. Não fizemos nada de mais na noite
passada, apenas adormecemos no meio de O Hobbit, que foi nosso terceiro filme.
Eu não sei se fico feliz ou triste sabemos que não fizemos nada.
Senti
a (Seu apelido) se mexendo e assim que a olhei ela já estava acordada, sentada
ao meu lado com o cabelo desarrumado e coçando os olhos, dei um risinho e ela
olhou sonolenta para mim.
– Bom dia – eu disse e sorri, minha voz mais rouca que o
normal.
– Bom dia – ela disse coçando o olho direito, mais fofa
que o normal.
– Dormiu bem? – sentei ao seu lado.
- Como um bebe – ela sorriu torto – e você?
“Eu tive a melhor noite da minha vida com uma
desconhecida, dormir contigo em meus braços sentido seu cheirinho foi a melhor
coisa que me aconteceu nos últimos meses, você mexeu comigo desde a primeira
vez que coloquei meus olhos em você. Acho que eu gosto muito de você, (Seu
apelido)!”.
Ok,
como dizer isto para ela? Simples, eu não direi.
– Como uma pedra! – Eu disse e ela riu.
– O que comeremos no café da manhã? – ela levantou-se.
– PIZZA AMANHECIDA! – Gritei e pulei do coxão com uma
animação engraçada.
– UHUL – ela levantou as mãos e correu para a cozinha.
Caminhei
lentamente seguindo a (Seu apelido) até a cozinha. O que eu vejo nessa garota?
Ela é tão linda e tão simples, tão ingênua e tão esperta, tão perfeita e
imperfeita. Essa garota é tão única. Cheguei à cozinha e ela estava colocando
refrigerante em nossos copos, sentei na frente dela e coloquei pizza em nossos
pratos.
Estávamos
quase acabando de devorar nosso segundo pedaço amanhecido de pizza quando a
(Seu nome) para, me encara e diz:
– Andy – ela encara seu prato – você tem certeza de que
não quer curtir sua folga? – ela colocou a mão na cabeça – quer dizer, eu posso
me virar sozinha.
– O QUE? Não, não. – Eu disse mais rápido e mais
desesperado do que pretendia, e tentei arrumar – quer dizer, eu não tenho nada
para fazer, ficar contigo é a melhor opção. E eu prometi isso ao Ash.
– Ah – ela coçou a cabeça – só achei que você poderia ter
algo melhor pra fazer do que ficar cuidando de uma criança.
– Que nada (seu apelido) – olhei para ela – você é a
melhor companhia que eu poderia ter nessa folga – ela olhou pra mim e sorriu –
e você não é uma criança!
[...]
20h00min PM
Passei
o dia com a (Seu nome), ela tentou evitar sairmos por minha causa, mas eu fiz
questão de leva-la pelo menos ao supermercado, na volta passamos em uma
sorveteria e eu fui assediado por milhares de fãs. Até que ela ficou “bem”
naquele emaranhado de pessoas, fez muitas fãs rirem, participou de algumas
fotos, bateu papo com as garotas e elas fizeram eu bater uma foto delas com a
(seu apelido). Acredito que ninguém sabe que ela é irmã do Ashley.
Fizemos
almoço em casa, comemos lasanha. A (seu nome) ama lasanha. Após o supermercado
e o assedio fomos ao cinema, ela tentou me disfarçar, mas mesmo assim algumas
fãs me reconheceram. Compramos algumas roupas, livros e jogos e voltamos para a
casa.
– Ah, eu gostei – ela disse sorrindo e se jogando no
sofá.
– Gostou do assedio também? – Eu ri.
– Sabe – ela me olhou – agora eu entendo pelo menos um
terço do que vocês passam.
– A vida de artista não é um mar de rosas como parece. –
Suspirei cansado.
– Realmente é uma merda, prefiro ser uma anônima – ela
riu.
– Você sabe que não é uma anônima, né?
– Como não?
– Você é a irmã do Ashley Purdy, não é uma anônima
qualquer.
– Mas ninguém sabe disso!
– AINDA não sabem. – Encarei-a.
Ela
suspirou e eu me levantei, peguei as minhas sacolas e me dirigi para a escada.
– Vou tomar banho – a vi assenti e subi para o meu
quarto.
Não
sei o que a (Seu nome) pensou quando eu disse aquilo, só espero que não tenha
achado ruim. Joguei minhas sacolas na cama e tirei minha camisa, fui tomar
banho.
Assim
que coloquei o pijama desci para a sala e encontrei a (seu nome) animada e já
de pijama.
– Vem aqui, quero te ensinar um negocio. – Ela pegou
minha mão e me puxou para a cozinha.
– Ensinar o que, doida? – Disse assustado.
Ela
pegou uma panela pequena e vários ingredientes nos armários e colocou em minha
frente, na mesa. Me explicou detalhadamente como fazer aquele treco e eu
entendi, ela disse que tinha de esfriar, então ela colocou a panela na
geladeira e fomos para a sala.
– Afinal – disse me jogando no sofá – o que é aquele
treco?
– Um doce brasileiro chamado brigadeiro – ela me olhou e
riu.
– Bri o que? – Eu disse, desentendido.
– Bri-ga-de-i-ro! – ela disse separando as silabas para
que eu entenda.
– Bri-ga... – eu tentei.
– Deiro – ela continuou, rindo.
– Bri-ga-de-dei-i... – continuei tentando – Ah, desisto!
– ela gargalhou.
– Vamos fazer o que agora?
– Sei lá, eu gostaria de te levar para festas ou algo
assim, mas o Ash não deixa.
– Nem estou com animo para isso mesmo – olhei atentamente
para ela, que fitava o chão – vamos assistir a um filme? – ela me olhou – você
escolhe!
– Vamos sim, mas escolhe você – ela me olhou surpresa –
eu confio em você. Afinal, já assistimos ao pior filme da Terra!
[...]
Estamos
assistindo a um filme muito tosco e comendo aquele doce brasileiro dos Deuses
no sofá da sala.
– Retiro o que disse – olhei pra ela, que riu – ESTE é o
pior filme da Terra. Qual o nome dele mesmo?
– The village – Ela disse com a colher na boca.
– Caralho, voe é péssima para escolher filmes – rimos.
– Perdoa minha idiotice – ela riu.
Vendo-a
sorrir daquele modo perguntei-me mentalmente se alguém alguma vez já havia lhe
dito que seu sorriso seria capaz de pôr fim em guerras e curar o câncer. Devo
confessar: tenho uma queda pelo seu sorriso!
– Agora presta atenção nessa droga de filme! – ela disse,
tirando a colher da boca.
– Espera ai – disse reparando que o canto de sua boca
estava sujo – ta sujo aqui, deixa eu limpar.
Coloquei
a mão em seu rosto e limpei sua boca. Eu sei isto é tão clichê e já aconteceu
uma vez, mas eu preciso continuar tentando. Assim que a limpei reparei seus
olhos verdes presos aos meus, sua boca rosada entreaberta esperando meus lábios
prova-la. Aproximei nossos rostos esperando que o destino nos separasse mais uma
vez, mas por incrível que pareça foi diferente.
Seus
lábios tinham, agora, gosto de chocolate e eu gosto disso. Ela ficou imóvel no
inicio, mas finalmente cedeu, seu toque é macio feito algodão e seus cabelos,
que eu acariciava com a mão livre, são feito seda. O beijo foi se intensificando
e quando dei por mim ela já estava no meu colo, meu coração pulava feito
canguru e eu não conseguia mais me separar dela, pude separar o beijo por
alguns segundos apenas para dizer:
– Vamos lá para cima? – A vi assentir e sorri.
Levantei-me
e segurei-a em meu colo, ela voltou a me beijar e eu subi as escadas esbarrando
em todas as coisas que apareciam em minha frente. A porta de seu quarto estava
aberta, então entrei e joguei-a na cama, engatinhei até a mesma e voltei a
beija-la com o mesmo desejo.
Em
meio aos beijos longos e as mão bobas, e do meu coração quase saindo pela
garganta, não demorou muito até estarmos apenas de roupas intimas. Estou
encostado na cabeceira de sua cama e ela esta deitada como uma bebe em meu
colo, consigo sentir seu coração batendo, que esta quase tão acelerado quando o
meu.
– Hey, eu realmente não me importo que você seja virgem –
disse acariciando seus cabelos.
– Mas eu não sou virgem – ela me olhou.
– Então, por que esta assim? – Eu havia realmente me
espantado um pouco com o que ela acabara de dizer.
– E se o Ash descobrir? – Boa pergunta.
– Eu explicarei tudo pra ele – apesar de não saber o que
significa esse “tudo” – e direi que cuidei de você em todos os momentos – A
abracei, e garanto que ela ouviu meus batimentos cardíacos.
Ela
olhou no fundo dos meus olhos e nesse momento senti como se ela estivesse
enxergando minha alma, até que finalmente me beijou, vontade recíproca.
Deitei-a
lentamente na cama durante o beijo e passeei com minhas mãos as curvas de seu corpo,
senti ela se arrepiando e sorri, estou mais nervoso que o normal, não que eu
não tenha feito isto antes, mas dessa vez é diferente. Desta vez é com a (Seu
nome), e eu não consigo controlar esta bomba sanguínea que muitos chamam de
coração.
[...]
Acordei
repentinamente, observei o lugar e logo reconheci as paredes brancas e o lustre
rosado. Olhei para baixo e deixei escapar um sorriso, (Seu nome) dormia como um
bebe em meus braços, ela usava apenas sua calcinha e minha camisa, seus lábios
formavam um sorriso e as maças do rosto estavam rosadas, sua lenta respiração
me acalmou.
Levantei
cuidadosamente a deixando por cima de um travesseiro fofo, estou apenas de
cueca Box, mordo meu lábio inferior enquanto coloco minha calça lembrando-me da
noite anterior. Caminho até a janela e abro as cotinas, fortes raios solares
invadem o quarto, mas minha pequena ainda esta nas sombras, abro o vidro e
sinto uma brisa gelada contra meu rosto e inspiro forte.
Sento
na beira da janela e tiro um maço de cigarros do bolso da calça, coloquei um
cigarro na boca e peguei meu isqueiro também em um dos meus bolsos. Aquele
misto de azedo e doce me dez sorrir de canto, consigo sentir meus pulmões
morrendo, mas minha alma se acalma a cada tragada. Estou quase no fim do
cigarro quando a (seu apelido) acorda e senta na cama.
– Bom dia princesa! – Eu disse expelindo a fumaça. Ela me
olhou e sorriu.
– Bom dia – ela dizia coçando os olhos – príncipe –
tossiu.
Percebi
que o motivo de sua tosse tinha sido meu cigarro e joguei-o pela janela,
levantei e caminhei em sua direção.
– Dormiu bem? – sentei ao seu lado.
– Como um bebe – ela riu.
– Você é um bebe. Meu bebe – a selei e suas bochechas
coraram.
– Andy – a olhei – por que você fuma?
– Porque acalma a alma.
– Mas faz mal! – ela fez cara de piedade.
– Tudo o que é bom faz mal. – a abracei.
Ela
se aconchegou em meu abraço e ficamos em silencio, e só então pude refletir
sobre o que havia dito. A (seu nome) é um amor, tão esperta e bonita, tudo o
que talvez eu sempre precisei, mas seu irmão é meu amigo e pode me odiar para
sempre se souber o que eu fiz. Então sim, tudo o que é bom faz mal, de algum
jeito.
[...]
Estamos
na cozinha lavando a louça do café da manha, ela lava e eu seco, parecemos
realmente um casal e, repentinamente, ela começa a cantar uma musica do Oasis.
– Today is gonna be the day that they’re gonna throw it
back to you – ela ria enquanto ensaboava os pratos.
– By now you should’ve somehow realized what you gotta do
– continuei e ela me olhou, se ela soubesse o efeito que seu sorriso tem sobre
mim.
– I don’t believe that anybody feel the way I do about
you now – ela voltou à atenção a pia.
– Você sabe que canta muito mal, né?! – Disse sem a
olhar, segurando o riso.
– Tão mal quanto você – ela riu e jogou água em mim.
– Ah, é assim? – comecei a bater com o pano molhado em
suas pernas.
Ela
jogou mais água no meu rosto e saiu correndo, eu ri e fui atrás dela. Ela esta
na sala, apenas o sofá nos separa, e quando eu dou a volta no mesmo ela corre
para o outro lado, mas tropeça no tapete e cai de cara rindo. Pulei em cima
dela com uma perna de cada lado, ela parou de rir e eu tirei o cabelo do seu
rosto.
– Isso é trapaça! – Ela disse, corando.
– A culpa não é minha se você é desastrada. – disse e ela
fingiu uma cara de brava – fofa! – ela virou uma pimenta imediatamente e eu a
selei.
Foi
um selinho longo, e assim que nos separamos a vi surpresa, talvez não tenha se
acostumado ainda, me aproximei lentamente e a beijei calmamente, senti suas
mãos geladas em minha nuca e me sentei ali mesmo, no chão, colocando-a em meu
colo. Suas mãos passeavam em minha nuca e no meu cabelo, e minhas mãos estavam
pousadas em sua cintura, o gosto doce de seus lábios me prendiam completamente,
mas nos separamos em busca de ar. Seus lábios estavam tão vermelhos quanto suas
bochechas, ela levantou-se rapidamente.
– Que tal assistirmos algum filme? – ela disse indo ao
sofá – Ou pedirmos uma pizza?
– Pode ser – levantei-me, confuso.
[...]
Três
das se passaram desde que Ash voltou de viagem e voltamos à rotina da banda,
não disse nada a ele sobre o que rolou um a (seu apelido), só disse o
necessário quando ele perguntou se ela ficou bem. Falando na (seu apelido) nós
trocamos SMS às vezes, Juliet ainda esta viajando e eu já não sei mais o que
sinto por ela.
Estaciono
o carro em frente ao estúdio, como todos os dias, e observo o tempo pela
janela. O céu esta nublado e as nuvens cinza indicam que vem chuva por ai,
estranha esta mudança repentina no tempo. Ao sair do carro um vento gelado me
faz estremecer e eu entro no prédio, cumprimento todos na entrada e entro no
elevador, que para no sétimo andar.
Estão
todos no estúdio conversando sobre coisas aleatórias quando entro, como de
costume, mas falta alguém ali.
– Cade o Ashley? – pergunto fechando a porta atrás de
mim.
– Não sabemos – Jinxx disse se ajeitando no sofá.
– Estranho – sento ao lado de CC – ele é sempre um dos
primeiros a chegar.
Começamos
a conversar sobre assuntos variados por alguns minutos enquanto esperamos, até
que a porta se abre violentamente e um Ashley furioso entra na sala.
– Andrew seu filho de uma puta! – Ash grita olhando bravo
pra mim, ninguém estava entendendo aquilo – Eu confiei em você pra cuidar da
(seu nome) e você faz isso? Onde esta seu caráter? Você tem uma namorada seu
otario, eu não acredito – ele esta indignado, estava demorando pra ele
descobrir.
– Calma cara – Jake disse – o que houve?
– Fala pra ele Andrew! – ele ainda grita enquanto me olha
– Esse puto fodeu a minha irmã! – todos me olharam – Caralho Biersack, sua
babaquice me surpreendeu. Vá foder suas vadias, não minha irmã!
– Ash, espera, eu... – tentei dizer.
– Você não precisa dizer mais nada, não quero ouvir nada
que venha de você – ele estava saindo quando se virou e disse – e NUNCA mais
chegue perto dela! – ele saiu batendo a porta.
Fiquei
sentado com os olhos arregalados e meu coração batendo forte, eu não posso mais
falar com a (seu nome), pelo nosso bem. Todos me olhavam e diziam coisas como
“o que houve cara?”, “Por que fez isso?”, “isso é coisa de momento, o Ash vai
te perdoar”, mas eu nada dizia só me pergunto uma coisa. Como ele descobriu?
[...]
Duas
semanas se passaram desde o incidente no estúdio, Ashley voltou a falar comigo,
mas apenas assuntos sérios da banda, eu deixei de falar com a (seu nome) como
disse que faria, Juliet voltou de viagem e nós terminamos pois não sinto o
mesmo por ela como antes. Muitas coisas mudaram.
Estamos
no estúdio, acabamos de ensaiar algumas musicas novas e agora estamos
descansando. Estou tomando água em uma garrafinha quando ouço Jake dizer “E sua
Irma Ash, como vai ela?” e a agua desce como chumbo na minha garganta, Ash
fecha o rosto imediatamente.
– Faz três dias que ela voltou para o Brasil – ele disse.
– Por que ela já foi? – Jinxx pergunta se jogando no sofá
– Nem deu tempo de nos conhecermos.
– Ela foi embora mais cedo por causa do Andy – Ash disse
e todos , inclusive eu, o olharam confusos – ela disse que ele só a usou,
transou com ela e não deu mais as caras. Foi embora por que estava se sentindo
humilhada.
Foi
quando meu coração quase parou de bater, não era isso que eu queria ela esta
sofrendo por uma idiotice que eu fiz. Levantei-me rapidamente e disse “tenho
que ir ao banheiro” e sai da sala antes que dissessem qualquer coisa, sai do
prédio e entrei no meu carro, seguindo caminho ao aeroporto, minha cabeça
girava e minhas mãos suavam. No meio do caminho meu celular toca, eu atendo.
– Alo? – Eu disse.
– Eu sei o que você vai fazer – Era a voz do Ash.
– Então o que vou fazer? – perguntei.
– Você esta indo pegar o próximo voo para o Brasil – sim,
ele sabia mesmo – Andy, você não...
– Sim – eu o interrompi – estou indo ao Brasil, e você
não pode me impedir. Tenho que concertar o que fiz.
– Então boa sorte, amigo. – Ash disse, sorrindo talvez.
Desliguei
o celular e continuei meu caminho ao aeroporto, eu preciso fazer isso. Chegando
ao aeroporto, eu corri para comprar uma passagem para o voo mais próximo, fui
assediado por alguns fans e após dar autógrafos ou tirar fotos com todos pude
ir atrás da passagem. O ultimo voo para o Brasil havia saído a vinte minutos e
o próximo seia daqui uma hora, eu embarcarei neste voo, comprei minha passagem
e fui para a sala de espera, encontrei mais alguns fans e fiquei conversando
com eles.
– Para onde vai sozinho, Andy? – Um menino de olhos azuis
me perguntou.
– Vou conversar uma burrada que fiz! – eu disse.
– É uma garota? – uma ruiva me perguntou e eu assenti –
foi por ela que terminou com a Juliet?
– Acho que sim – disse a olhando – eu nunca amei a
Juliet.
– E você ama essa menina? – O garoto me perguntou.
– Não sei – foi então que me lembrei do seu sorriso e dos
olhos verdes brilhantes da (seu apelido), e de como meu coração batia mais rápido
ao seu lado – Sim – sorri – eu a amo!
[...]
Acordei
assim que o avião pousou, estou no Brasil! Sai do avião meio desorientado,
assim que entrei no aeroporto alguns fans me abordaram e, por mais que eu
quisesse ir atrás da (seu apelido), eu os atendi. Depois que foram embora eu me
direcionei a saída, onde encontrei uma loja de flores, entrei na mesma e
comprei as flores mais bonitas ali, um buque de tulipas amarelas, as flores
preferidas da (seu nome).
Entrei
em um taxi e me lembrei de que não sabia para onde ir, estou pedido em São
Paulo. Peguei meu celular e me lembrei que em um dos seus SMS ela havia me dito
onde estudava, dei o nome da universidade ao motorista e ele ligou o carro.
A
janela de trás do taxi estava aberta e o vento batia em meu rosto, há muitas
pessoas caminhando e andando de bicicleta pelas ruas de São Paulo e estão sempre
conversando, o som de vozes me atingem como uma tijolada no rosto, afinal não
entendo nada. A mulher que fala na radio tem uma voz gentil, gostaria de saber
o que esta dizendo que faz tantas pessoas rirem.
O
motorista parou em frente a um prédio enorme com muitas pessoas caminhando pelo
jardim, sai do taxi depois de pagar o motorista e entrei pelo enorme portão,
haviam algumas pessoas me encarando, mas minha maior preocupação é encontrar a
(seu nome).
Uma
moça loira que parece ser super simpática fala comigo, mas eu não entendi nada e
acho que ela entendeu minha feição, pois repetiu em inglês.
– Esta procurando alguém?
– Sim – cocei a cabeça – você conhece (seu nome) Abrocket
Dekker?
– Sim, eu conheço.
– E onde ela esta? – eu sorri.
– Vem comigo.
Eu a
segui pelos arredores do campus, ela entrou em um prédio e disse que era ali
onde os estudantes viviam. Entramos em um elevador que parou no nono andar, saímos
e ela parou em frente a uma porta marrom escura, cujo numero estava coberto por
uma placa branca com dizeres que eu não entendi.
– Esta escrito “não há ninguém aqui” – A loira disse –
este é o quarto dela. Boa sorte.
Ela
sorriu e saiu andando antes que eu pudesse dizer obrigada, assim que coloquei a
mão na maçaneta pude ouvir uma voz, a minha voz. O radio tocava The Mortician’s
Daughter, sorrio e abro a porta.
– I Will wait dear. A patient of eternity, my crush, a
universal still, no rust. No dust Will ever grow in this frame, one million
years I Will say your name. – cantei junto a musica e ela me olhou, assustada –
I Love you more than I can ever scream! – sorri.
– Mas que merda você esta fazendo aqui, Andrew?
– Eu vim pedir perdão – disse.
– O que você fez não tem perdão – ela fitou o chão.
– Olha (seu apelido) – me aproximei e segurei seu queixo,
fazendo-a olhar para mim – eu não te usei, o Ash que deu ataque quando descobriu
e mandou eu me afastar.
– Mas você disse que ia explicar para ele – ela se afastou.
– Eu sei, eu errei, por isso estou aqui – ela me olhou –
me perdoa? – ela nada disse – são pra você – estendi o buquê em sua direção e
ela sorriu ao pegar as mesmas.
– Nunca mais faça isso – ela disse.
– Estou perdoado? – Eu sorri.
– Claro – ela me abraçou.
– Eu te amo, (seu nome) – fechei os olhos.
– Eu te amo, Andrew.
FIM!
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Bom, é isso, espero não ter decepcionado nenhuma de vocês, até o próximo capitulo minhas Zunicornias coloridas <3