sexta-feira, 26 de abril de 2013

Move Along - Capitulo um.


~ Você On~

Mãe: (Seunome) ? (Seunome) ? ~começa a gritar~ (SEUNOME) ??
Eu tirei os fones de ouvidos e olhei pra ela, na realidade eu estava ouvindo ela me chamar, só não queria ouvir o que ela tinha pra falar.
Eu: Que foi mãe?
Mãe: Que droga, para de ouvir essas gritarias pra me ouvir da próxima vez – disse sendo arrogante – E vai se trocar, nós vamos sair.
Levantei-me e fui para o meu quarto, é um fim de tarde num domingo. Não sei para onde vamos, mas me vesti assim...


Na realidade eu nem quero saber para onde vamos.
Eu: MÃE ~ grita ~ VEM AQUI.
Mãe: Que foi (Seunome) ~ arrogante ~ ?
Eu: Esta roupa esta boa?
Mãe: Sim, esta sim.
Ela disse isso apressada e saio do quarto, eu odeio me vestir desse jeito, odeio rosa, odeio vestidos, odeio tudo que ela me obriga a vestir. Sim, esta mulher que eu chamo de “mãe” me obriga a usar as roupas que ela quer, não eu. Ela diz que “eu tenho que agir mais como uma menina”, mas ela não entende que eu não gosto disso.
Alguns minutos depois estávamos todos prontos eu, minha mãe, meu pai e a minha irmã que, mesmo com 26 anos, continua morando com nossos pais. Saímos e fomos para algum restaurante em algum lugar, com algumas pessoas importantes.
Eu não conversei com ninguém a noite toda, só respondia quando alguém me perguntava algo. Estava tentando ser educada, como minha mãe queria que eu fosse, e se eu abrisse a boca para falar algo não iria sair o que presta de acordo com a (Suamãe).
Assim que o jantar e as conversas idiotas acabaram voltamos para casa, eu ainda tinha que manter a pose de “menina da mamãe” mesmo dentro de casa, porque minha mãe achava que eu era assim. Ela só sabia que eu escutava musicas mais “estranhas”, como ela mesma diz, mas fora isso acha que eu sou como todas as outras meninas. ENGANADA!
No dia seguinte todos acordaram cedo para ir trabalhar, menos eu. Eu estou com 18 anos, já acabei o ensino médio e a dona (Suamãe) me deixou um tempo pra pensar no que eu ia querer fazer, e ela não quer que eu trabalhe até decidir.
Mas como a minha mãe não aceita meu gosto e eu não gosto do que ela quer que eu vista então, eu tive que arrumar um emprego escondido, vou depois que ela sai e volto antes que ela volte. Antigamente minha avó me ajudava, ela falava para minha mãe que fiquei à tarde com ela e ainda cuidava da minha prima. Não é mais assim, tudo mudou depois que ela morreu. A pessoa em que eu mais me apeguei, a única que eu sentia que me amava morreu, minha vida mudou.
Assim que todos saíram de casa eu levantei, me arrumei e tomei café da manhã. Depois que minha avó morreu não tinha mais ninguém para cuidar da minha prima, eu não poderia deixa-la sozinha e nem abandonar meu emprego, por isso ela trabalha comigo agora. Nós trabalhamos em uma loja de CDs eu fico no caixa e ela atende os clientes, e mesmo ela tendo apenas 15 anos ela trabalha bem.
Eu: Giovanna – falei subindo as escadas – Vamos logo, vamos nos atrasar.
Nós todos morávamos no mesmo quintal, e isso tornava mais fácil nos sairmos para trabalhar sem ninguém desconfiar.
Gi: Já estou indo – fechou a porta da sua casa – Já estou indo.
Ela é uma ótima vendedora e uma pessoa muito legal, mas o gosto dela, não é dos meus.
Eu: Caralho, porque você demora tanto?
Gi: Tenho que ficar linda, – rimos – é que hoje a Carla – Carla é a mãe dela – demorou pra sair ¬¬
A mãe dela não tinha nada contra o gosto dela, até porque é um gosto que a minha mãe considera normal, mas a dona Carla acha que ela é nova para trabalhar e por isso implica um pouco. E o que a Giovanna faz com o dinheiro? Pois é, também vivo me perguntando isso, já que tudo que ela quer sua mãe dá pra ela.
Nós fomos para a estação de trem, a loja em que trabalhávamos era no centro de São Paulo, e nos morávamos um pouquinho longe de lá.

~ Você off ~ Giovanna on ~


Acordei no mesmo horário de todos os dias, já estava me acostumando com aquilo. Apesar de não poder mais ver a minha avó, sentia saudades dela. Quando sai do quarto minha mãe ainda estava lá.
Carla: Filha, porque acordou essa hora?
Eu(Gi): Precisava usar o banheiro – menti, já estava aprendendo a inventar coisas rapidamente, culpa da (Seunome) ! ¬¬
Usei o banheiro e voltei pro quarto, porque aquela mulher ainda não tinha saído de casa? Assim que ouvi a porta se trancando levantei num pulo, fiz minha higiene e fui me trocar.
Destranquei a porta de casa e já ouvi a (Seunome) resmungando, expliquei o ocorrido pra ela e fomos para a estação de trem.
Chegamos lá 7:40, 10 minutos atrasadas.
Você: Tudo culpa sua estarmos atrasadas.
Eu: Culpa da Carla. Nunca vi demorar tanto pra ir trabalhar. ¬¬
Você: Que nem você ? ~ sarcasmo ~
Eu: Caramba (Seunome), já disse que foi a minha mãe ¬¬
Você: Ta, ta. Cala a boca, vamos abrir logo antes que nossos chefes cheguem.
Nos sempre abrimos a loja, nossos chefes confiam na gente. Pelo menos na (Seunome), afinal o filho do dono gostava dela. Sabe, eu gosto da (Seunome), ela é legal, engraçada, mas o estilo dela é esquisito. Não vejo menina nenhuma desse jeito, ela é uma menina-moleque. Acho que é isso que o Jovane, filho do chefe, gosta nela. Ela é única!
Nos entramos na loja e a (Seunome) organizou algumas coisas nos fundos e no balcão enquanto eu passei um pano no chão. Quando deu exatamente 8:00 nós abrimos, tudo estava nos conformes.

~ Giovanna off ~ Você on ~

O movimento é fraco de manhã, por isso eu aproveitava as manhãs para arrumar as vitrines e os balcões. Depois que terminei coloquei um cd qualquer no radio em um volume baixo, a Giovanna estava sentada no balcão e eu em um banco atrás do próprio, estávamos conversando sobre qualquer coisa.
Eu: Eae, como anda a escola?
Gi: Um saco, como sempre foi. E você sabe disso! – rimos –
Como a Giovanna tinha apenas 15 anos é claro que ela ainda estudava, não queria trabalhar em uma loja de CDs pro resto da vida. Ela tinha aulas a noite, começava as 19:30,  trabalho não interferia nos estudos dela porque saímos as 18:00 e ela tinha tempo de sobra pra se aprontar.
Gi: Mas (Seuapelido), quando vai entrar para uma faculdade? – olhou serio para mim –
Eu: Sei lá, nada me interessa, e mesmo se eu gostasse de algo você sabe que a (Suamãe) não me deixaria fazer, então...
Gi: Porque você não chama sua mãe de “mãe”?
Eu: Ela não age como minha mãe, então não devo chama-la de mãe.

Eu não sentia amor nenhum vindo da parte da minha mãe, nunca disse que a amava, nem ouvi isso. Eu amava minha avó, e ela se foi, isso doeu em mim, mas superei. Pois é, o clima com a Giovanna já estava esquentando, mas, graças a Deus, entrou um cliente na loja e ela foi atende-lo.

Continua...

2 comentários:

  1. Incrível! Foi-me dado um código IMVU créditos e funcionou! Tenho meu de http://imvucreditsgenerator.com

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